E se a cidade fosse um grande parque de aprendizado, com várias vivências, experiências culturais e diálogos? Será que é possível caminhar para uma Educação profunda no espaço escolar, capaz de ir além de seus muros?

No sábado, dia 17 de maio de 2014, São Paulo experimentou repensar a educação, vivendo-a em mais de 100 atividades artísticas, educativas e culturais espalhadas pela região da praça Roosevelt, no centro da cidade. A iniciativa foi a primeira edição da Virada Educação, evento que aconteceu paralelamente à Virada Cultural e foi organizada pelo Movimento Entusiasmo.

Foto: Felipe Menhem / Escola Pindorama

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Os espaços das atividades eram as ruas, praças, bibliotecas e escolas públicas (EMEI Gabriel Prestes, EE Caetano de Campos, EE Marina Cintra), uma faculdade particular (PUC), espaços de teatro (SP Escola de Teatro e espaço grupo Satyros), uma casa ocupada por artistas (a Casa Amarela).

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Crianças, jovens e adultos misturados e respirando a alegria que dá viver, pensar e criar uma educação centrada no estudante, cultivada com amor, diálogos, arte e profundo respeito à autonomia das pessoas.

Os projetos Pé na Escola e Caindo no Brasil propuseram uma oficina às 11h daquele sábado, na Casa Amarela, chamada Árvore-Declaração de Direitos Humanos na Educação. Em roda, conversamos sobre alguns direitos da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e pensamos juntos sobre como seria uma educação que de fato se fundasse nos direitos humanos.

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A raiz desta árvore eram os valores, tais como: igualdade, respeito, diálogo, democracia, coragem, amor, diversidade, colaboração. A semente? A dignidade da pessoa humana, núcleo que dá origem a todos os outros direitos humanos. A seiva era a própria educação, porque alimenta e dá vigor a toda a árvore, enquanto o tronco eram os próprios direitos, como o de se expressar, escolher, participar, não ser discriminado e ser respeitado em sua individualidade.

Declaração de Direitos Humanos na Educação

Declaração de Direitos Humanos na Educação

A copa desta árvore (folhas, flores e frutos) era formada pela ações que cada um de nós e os espaços educativos podem fazer para tornar este sonho possível. Debates e assembleias escolares, intensa participação dos pais e da comunidade, a valorização de todos os saberes, trabalhar em roda (romper com a estrutura de rígida hierarquia entre professor e aluno) foram algumas das folhinhas, flores e frutos lembrados pelo grupo.

Desenhar a árvore

Desenhar a árvore


Depois de desenhar a árvore, plantamos uma muda de pitangueira ali no jardim da Casa Amarela, colocando a nossa energia e intenção para que ela cresça vigorosa, assim como este sonho coletivo de uma educação profunda e transformadora.

Uma educação que pare de insistir em tentar “encher baldes” e passe a buscar “acender fogueiras”.

Saiba mais em: viradaeducacao.me e facebook.com/viradaeducacao